segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Vai dar tudo certo!

 Acho essa época do ano muito propicia para discorrer sobre esse mantra que todo sinistrado já deve ter ouvido. Eu particularmente já perdi as contas de quantas vezes já ouvi essa frase, e aposto que se ganhasse um real a cada vez que ela me foi dita, este texto estaria sendo escrito da sacada de um chalé com vistas para o mar.

 Penso também que se tudo desse realmente certo cada vez que alguém nos diz que dará, a vida deveria ser muito mais fácil não é?! Por exemplo, eu já deveria estar formada se tudo fosse de fato dar certo. Eu já deveria ter meu próprio cantinho, me sustentando e vivendo super bem, se tudo realmente desse certo. Eu já deveria ter encontrado aquela pessoa especial que queira de fato permanecer ao meu lado, mas isso de fato ainda não aconteceu, por que parece que não vem dando tudo certo.

 Mas perceba que “tudo certo” é tão subjetivo, que jamais caberia em um texto. O tudo certo costuma estar ligado com o verbo conjugado no futuro “VAI”, e sejamos honestos, quem aqui sabe do futuro? Se alguém sabe, por favor, entre em contato comigo e me diga os seis números da mega da virada, por gentileza!

 Então, talvez, as coisas ainda possam chegar ao ponto “tudo certo” logo ali na frente. Talvez todas as dificuldades sejam apenas formas de nos lapidar para podermos receber de forma mais agradecida e humilde o que o amanha nos reserva. E talvez ainda, apenas, sejamos muito cegos para percebermos o quanto já estamos no tudo certo, e só o que nos falta e pararmos de tagarelar nossos problemas e pararmos para ouvir os passarinhos que cantam bem cedinho. Que alias, se você não tivesse que acordar bem cedinho para trabalhar, como veria o sol nascer ao som dos passarinhos?!


 E se mesmo assim, você ainda não acredita que possa haver algo bom no seu dia, que as nuvens escuras e chuvosas insistem em pairar sobre sua cabeça por onde quer que você vá. Bem... nesse caso só o que tenho a lhe dizer é que o ano esta acabando, e logo começa outro, e não se preocupe, não percas as esperanças, acredite, VAI DAR TUDO CERTO! ;)

terça-feira, 24 de junho de 2014

A mãe da Felicidade


Dizem por ai que pessoas inteligentes são aquelas que aprendem com os erros dos outros. Definitivamente não sou uma dessas pessoas, e tenho agradecido a Deus bastante por isso.Sou uma veemente defensora da filosofia que diz que a ingenuidade é a mãe da felicidade. E o que é a ingenuidade senão a falta de conhecimento sobre algo?! É uma filosofia muito parecida com aquela que todos bem conhecem, que diz que "o que os olhos não veem o coração não sente", porem vai um pouco além.
Abrange também a ingenuidade adquirida, aquela causada pelo esquecimento. Já ouvi dizer que para gravar uma informação é preciso que a informação seja repetida muitas vezes ou que seja acompanhada de alguma emoção forte. O que parece fazer muito sentido, ou alguém já esqueceu daquelas palavras acidas de algum amigo, que ditas num momento de fragilidade, lhe corroeram a alma e os buraquinhos podem ser sentidos ate hoje?!Ou quem pode esquecer o rosto daquele ex que simplesmente decidiu não ficar mais do seu lado, mesmo você ainda tendo o coração todo encharcado em devoção a essa pessoa?!
Depois de acontecimentos assim parece simplesmente absurda a ideia de confiar de novo em alguém. E quando nos surgem novas oportunidades de amar, ficamos repetindo "de novo não, de novo não..." lembrando-nos da dor que já passamos.
Mas e se pudéssemos parar de repetir nossas dores para nós mesmo, ate o ponto de finalmente esquecer-las?! Se conseguíssemos não pensar mais nelas, assim como a maioria de nós não pensa mais na formula de báscara depois de atingir uma nota boa na prova de matemática?! 
Se conseguíssemos nos concentrar apenas no hoje, nos entreter suficientemente com as borboletas a ponto de nos esquecermos que já foram lagartas?! Com certeza seria um retrocesso! Mas que magico se pudéssemos retroceder ao ponto de acreditarmos no melhor que as pessoas tem a nos oferecer, acreditar ate que a maldade não esta assim tão impregnada nas ações como nos tem parecido ultimamente?!
Não existe garantia que não nos machucaríamos mais vezes, mas possivelmente nos permitiríamos rir mais vezes de coisas simples, e a vida, mais burrinha quem sabe, não seria muito mais brilhante!? 
Ja me disseram que eu deveria ter mais cuidado com meu coração, mas ainda prefiro os sorrisos e um pouco de lagrimas, do que viver em contante repetição de velhos medos. ainda existem muitas cores a serem redescobertas e muitos rios em que se reafogar. É nessas horas que agradeço minha falta de memoria. Um viva as novas velhas experiencias.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Quem você pensa que é?


Não recomendo que leia esse texto sem antes refletir sobre essa pergunta. Bem na verdade, não recomendo que viva mais um dia sequer da sua vida sem ter a resposta para essa pergunta. Não que você precise ter isso redigido ou de uma forma genérica que possa ser descrita em três minutos de conversa, mas que lá na sua mente você saiba quem você realmente é.

Claro que não é uma questão fácil. Na verdade há quem passe toda a vida buscando essa resposta. Mas não sejamos tão drásticos. Olhe pra você, bem no fundo dos próprios olhos, o que você é sem sombra de nenhuma união ou conceito alheio? Quais os seus reais valores? O de fato te faz feliz? Quantos sorrisos já deixou guardados pra não parecer uma pessoa boba ou sensível, só por que é isso que a idéia geral que se formou em nosso dias diz não ser adequado?

Existem momentos da vida que somos tragados pelas vagas impiedosas, e quando achamos que estamos dominando a onda ela simplesmente desaparece de baixo de nossos pés, e não bastasse afundarmos drasticamente, parece quase obrigatório que a prancha, chamada consciência, nós bata na cabeça pra aumentar a aflição do nosso afogamento na situação.

Mudando o cenário do embate, depois que somos esmagados pela besta, buscamos de todas as formas, costurar uma couraça que nos impeça de sofrer. Escondemos emoções, colocamos o coração em um frasco de conserva mergulhado em amargura, aderimos a novos conceitos e novos valores que nos protejam de passar pelo mesmo caminho espinhento pelo qual viemos, buscamos ser o mais superficiais possíveis com nossos pensamentos, antes que eles dêem as mãos a consciência que insiste em nos acusar que, de alguma forma, toda a tragédia é culpa nossa.

Resumidamente encarnamos um personagem invencível e intocável. Algumas vezes por uma semana, às vezes um mês ou dois, anos quem sabe, e por que não dizer o resto da vida?! Tornamos-nos um estranho a nós mesmos e quantas vezes nos flagramos cortando volta para não precisarmos nos encontrar com nosso “próprio eu”?

Mas que fique claro, não estou fazendo uma critica ao crescimento pessoal, muito pelo contrario, sou totalmente a favor de uma revisão completa de atitudes e pensamentos, antes ou depois (ou ate indiferentemente) de qualquer dificuldade que a vida nós apresente. Acho que é essa busca pelo crescimento pessoal que trona nossa vida mais plena. O que eu vinha me referindo é muito diferente disso, e também não chega a ser uma critica, é apenas uma oportunidade para repensar sobre quem realmente se é.

Assim como pra todos os seres racionais e sentimentais desse planeta, a vida também não tem sido só arco-íres e coelhinhos fofinhos pra mim. Deparei-me comigo mesma há alguns dias e me assustei com o que vi. Foi como se eu tivesse vindo do passado pra olhar pra mim, e quando o fiz, vi uma pessoa muito parecida com a qual eu jamais quis ser. Então fui mais fundo, voltei ao passado mais distante ainda, tateei minha essência, visualizei minha criação e todo empenho de meus pais pra me formar uma pessoa bondosa. Foi dolorido olhar pra mim e me ver uma pessoa já quase indiferente e desacreditada da bondade do mundo. Reza a verdade popular que não devemos nos importar com nada alem de nós mesmos, mas e quanto aos que tanto nos amaram e amam? O que eles pensam não merece ouvido? O que seria de nós sem esse amor que nos fez o que somos hoje? O que seria de nós sem qualquer amor que fosse?

O mundo de fato tem mostrado pouca bondade, mas se nós mesmos nos negarmos a oferecê-la, de onde então esperamos que ela viesse? Existe quem pense que quando de sabe fazer algo muito bem se ganha um direito absoluto de ostentar uma arrogância e indiferença sobre os demais. Seria lindo se essas pessoas pudessem ver a imponência do universo, que pela simples existência, torna nossa finitude tão miserável e nosso dom tão ínfimo. Porem a bondade, a humildade, um sorriso sem interesses... O que pode existir de mais majestoso que isso? O que pode existir de mais nobre do que em nossa pequeneza adicionarmos cor ao mundo? O que pode ser mais desafiador e bravo do que encarar as amarguras que a vida insiste em jogar aos nossos pés com um brilho de vencedor nos olhos, com um brilho de veracidade de essência, de confiança no próprio coração.

Poderia escrever muito mais ainda, mas nesse momento só o que tenho a fazer é deixar esse singelo conselho: Desarme-se, tranquilize o coração e diga, sem artifício algum, a você mesmo quem você pensa que é. Não perca toda sua vida vivendo uma vida que nem é sua.

(Obs.: Talvez depois de se redescobrir você precise fazer algumas mudanças na forma como vem vivendo ou na forma como tem olhado o mundo, mas acredite em mim, por mais que pareça difícil, vale a pena!)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

...Inclusive nada!


 
 Tudo pode acontecer! Esta é uma frase que denota muita emoção, geralmente citada perante alguma aventura ou oportunidade grandiosa, ou então algum risco que nos imponha medo. E falando em medo, quantas coisas, inconscientemente, deixamos de tentar por causa dele. Há quem diga que o medo, assim como a dor, são agentes protetores. O medo por nos impedir de nós machucarmos e a dor por nos alertar e tentar nos impedir de continuarmos nos machucando.

 O que acabamos esquecendo é que esses dois elementos vão tomando conta de nós, acabam virando um vicio, e por fim nos controlando. Impedindo que demos qualquer passo fora daquela trilha bem marcada onde já passaram milhões de sobrevivente, e não os reais viventes. Aquela trilha afundada pelos pés que se conformaram com o que “devia ser feito” e com o “é suficiente”, que deixaram os sonhos murchar e continuaram marchando no ritmo da musica ensurdecedora da rotina. Trilho daqueles que perderam o brilho nos olhos, e por que não dizer, que perderam os olhos?!  Aqueles olhos que viam as oportunidades onde hoje só há obstáculos.

 Na frase “Tudo pode acontecer!” cabe o universo de cada um, e também reflete o universo de cada um. Em uma recente viajem que fiz a São Paulo SP, uma das maiores cidades do mundo, pude perceber algumas nuances de universos alheios. Para a minha avó materna, dentro do “tudo” que poderia acontecer na minha viajem cabiam um assalto, um desencontro, um possível caminho perdido, um seqüestro e até um assassinato. Para uma amiga mais nova que eu, cabia dentro do mesmo “tudo” uma aventura, um encontro com o amor da minha vida, uma descoberta inesperada, paisagens lindas, festas glamorosas, enfim, tudo muito colorido e brilhante. Claro que usei os extremos como exemplo, e pode ser que minha avó aos dezesseis anos visse tudo colorido e brilhante também, assim como minha amiga, quando chegar aos setenta e cinco anos talvez já não seja tão otimista. Mas enfim, fui à dita viajem, e realmente tudo podia acontecer. E dentre tudo o que se esperava o que aconteceu foi “nada”.

 Nada de extraordinário, nada de trágico, nada de milagroso. Continuo viva e com todos os meus pertences, continuo sem o amor da minha vida e sem o glamour também.  Vi paisagens lindas, conheci e revi pessoas muito especiais, presenciei alguns momentos tristes, e outros lindos. Foi uma viajem tranqüila, me fez bem, mas bem pelo fim valeu muito mais a experiência de avaliar com olhos críticos essa questão das expectativas.

 Conclusão? Se tudo pode acontecer, isso inclui o nada. O amontoado de expectativas que se faz sobre algo de bom (possivelmente maravilhoso), talvez seja o peso que te afunde quando algo der errado ou não acontecer, mas talvez todo esse medo que te impeça de viver colorido seja apenas um artifício de uma expectativa negativa que se mostrará totalmente falsa assim que você levantar e tentar algo novo. Então abandone as expectativas e vá viver, afinal, “tudo pode acontecer”!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Sapato Vermelho...


 

Ontem comprei um sapato vermelho! E não vou entrar em detalhes quanto a preço, estilo e ate estética do sapato. Vamos muito alem desse papo fútil e desnecessário.

Já a muito tempo eu vinha procurando um sapato como esse. Tempo mesmo! Ontem sai para pagar unas continhas (pobre é assim mesmo, mas também não vem ao caso), e estava com a mente preparada pra não comprar absolutamente nada, apenas por tudo em dia e economizar pra alguns cursos que quero fazer. Ia pensando nisso, quando passei por uma vitrine de uma loja. Ele estava la sorrindo pra mim! O sapato vermelho dos meus sonhos!

Nem sequer pensei, entrei na loja, e pedi o meu numero, e pra minha surpresa, ainda tinha a minha numeração! E fim, levei o sapato! É uma coisa aparentemente boba e sem significado, mas foi a alegria do meu dia. Encontrar algo inesperado, que de tanto se procurar em outros tempos, já se tinha perdido as esperanças de um dia encontrar.

E a vida é assim com tanta coisa. Passamos um tempo enorme procurando algo que queremos, um amor, um emprego, uma profissão, um amigo, e por falta de encontrarmos aquilo que queremos, ficamos com um similar. Frustrados, mas como se diz, e como é, nem tudo pode ser como queremos. E então vamos amontoando vários sapatos “quase”, e juntando um pouquinho de frustração em cada canto da caixinha. Mas ai um belo dia aparece o dito desejo realizado, inesperado, acessível, surpreendentemente na medida. O momento feliz.

Daí, hoje, me peguei pensando, em qual ocasião eu poderia usar o meu sapato extravagantemente vermelho? Vou a um casamento daqui a umas semanas, mas ainda faltam semanas. Parece um crime deixar minha satisfação lá esperando na caixinha por semanas. Lembrei que dificilmente vou a festas, e que os lugares que freqüento requerem, no maximo, um saltinho discreto. Quando esses pensamentos estavam quase desbotando a satisfação da minha conquista, eu pensei, “espere ai!!!”. O sapato é meu, eu paguei com o meu dinheirinho suado, o que me importa o que as outras pessoas vão pensar de eu usar ele pra ir ali, no restaurantezinho ou ali no bar de rua?

Muitas vezes, de tão bom que algo parece pra nós, temos medo de parecermos indecentemente felizes, como se fosse um crime nos sentirmos tão felizes em publico. E por que isso? Por que esta fora de moda amar alguém de corpo e alma? Por que é nerd quem gosta de estudar mais que tudo? Por que é bobo quem gosta de trabalhar ou ama a profissão que tem?

Não postei foto do meu sapato nas redes sociais, nem sequer mencionei isso por la. Também não mencionei um quinto das coisas emocionantes que eu fiz ou que me aconteceram na minha vida, por que definitivamente eu não preciso cotar os “likes” pra saber se o que eu fiz foi de fato legal, ou se meu cabelo esta mesmo bonito como eu acho que esta, e assim por diante. Não condeno quem o faça. Na verdade a minha maior filosofia é, cada um com a sua vida, cada um com seus problemas!

Há quem diga que sou insensível, e que essa é uma forma egoísta de pensar. Eu discordo plenamente. Ajudar mesmo, de verdade, aquela ajuda que faça a diferença, pouquíssimas pessoas se dispõe. Mas agora, falar da vida dos outros, achar ruim, feio e ridículo o que os outros fazem, isso sim o povo quer. E daí me diga, isso é menos egoísta? É menos pior curtir e comentar uma foto na rede social e falar mal pelas costas da pessoa.

Se a pessoa comprou um sapato vermelho, e ta a fim de usar pra ir ate a sorveteria, o que os outros têm a ver com isso? O problema (ou possivelmente uma felicidade, satisfação pessoal) é da pessoa que esta usando o sapato escandaloso. Ninguém jamais saberá o que se passa no coração do outro, então, que direito temos de azedar a felicidade alheia com olhares maldosos e comentários desnecessários? Por que não viver cada um os seus “problemas”?

E agora provavelmente o pensamento dominante é que me senti magoada por alguém criticar o meu lindo sapato vermelho, mas não. Ainda não usei ele, mas amanha vou usar. Não vou deixar essa pequena felicidade esperando dentro da caixa por medo do que alguém possa vir a pensar ou falar. Quem me garante que daqui a algumas semanas ainda terei pés para calçados?! Parece trágico pensar assim, mas quem pode garantir o próximo segundo? Alias, não perca seus preciosos segundos cuidando da vida alheia, pode ser que lhe façam falta mais tarde!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Das inutilidades...




Hoje passeando por uma rede social me deparei com a seguinte frase: “é inútil esperar por algo que nuca vai acontecer.”. Na mesma hora me veio o pensamento “mas ainda assim eu vou continuar esperando, afinal, cada um com as suas inutilidades”.
Quem sabe definir o que é ou não útil? O dicionário claro. Mas não é bem assim. O que é útil pra alguém pode ser totalmente dispensável para o resto dos habitantes do nosso planeta. Ate o esterco do elefante é indispensável para o escaravelho.
Me pareceu injusta a afirmação de que seja inútil esperar por algo que nunca vai acontecer. Quem somos nós pra afirmamos que algo nunca vai acontecer? Que prepotência é essa sobre o futuro, sobre o outro, sobre a corrente absolutamente inesperada da vida?
Claro que existem os impossíveis, como por exemplo, voltar do vale dos mortos, ou voltar ao passado. Mas tirando estas duas coisas, creio que nada mais seja impossível. E ainda que algo seja tremendamente improvável, que direito temos de acabar (ou atentar contra) a esperança alheia? Talvez a única utilidade de esperar por esse algo seja a espera em si. A esperança! Mas e o que há de mais útil hoje em dia que a esperança?! O que nos manteria em pé, lutando bravamente se não fosse ela?!
Não me diga que todos os seus dias são lindos por que você decidiu que seriam. Por mais que se decida ser feliz, ser forte, manter a cabeça erguida, ainda assim, essa vidinha é bandida e algumas vezes nos prega peças que quase impossível crer em tamanha criatividade dessa sacana. E ai me diga se a única coisa que nos faz levantar não é a esperança?
Claro que é! Esperança de que amanha a vidinha (loca de sem vergonha) vai dar uma trégua e te deixar recuperar o tempo perdido na corrida ao seu objetivo. E ate pra isso precisa ter esperança, para crer que seu objetivo será de fato alcançado. Mas ai que esta o truque, não tem como saber. E por mais que pareça inútil, a esperança vai continuar lhe empurrando na corrida ate o fim do arco ires.
Talvez você não alcance de fato o fim do arco ires, mas estará com uma ótima saúde em decorrência da corrida. Então sigo na minha posição de esperar pelo que “nunca” vai acontecer. Pode ser inútil de fato, mas não tão inútil quanto tentar prever o futuro e sentar a beira da estrada enquanto o arco ires se desvanece.